19/08/2006 - Rio Gravataí: SPH aguarda licença da Fepam para dragagem

Há cerca de um ano, a SPH encaminhou estudo ambiental à Fepam solicitando autorização para dragagem de manutenção do Rio Gravataí, no trecho compreendido entre a foz e a ponte que liga Porto Alegre a Canoas (BR-116).
Dois meses atrás,a Fepam iniciou a análise do referido estudo e, em seguida, solicitou à SPH alguns documentos à título de complementação. No prazo de uma semana,os estudos complementares foram providenciados pela SPH,porque existe uma forte demanda por dragagem de manutenção no Rio Gravataí. Nesse trecho, são movimentadas cerca de 2,5 milhões de toneladas de mercadorias, mais da metade do volume transportado nas hidrovias interiores do RS. O Rio Gravataí viabiliza o abastecimento de gás da região metropolitana, o fornecimento de combustível ao porto marítimo de Rio Grande, e o suprimento de fertilizantes à agricultura gaúcha.
A dragagem é de importância estratégica,mas os impactos ambientais devem ser cuidadosamente avaliados,pela natureza dos sedimentos de fundo,que se apresentam contaminados por diversas substâncias, inclusive metais pesados.Por isso,a SPH apresentou à Fepam um plano de dragagem que prevê o confinamento do material de dragagem em duas bacias de depósito temporário, localizadas na margem direita do Rio Gravataí, em área de utilização industrial (terminais portuários).A figura superior mostra a localização das referidas áreas, onde aparece a bacia auxiliar (menor) - segundo estágio de sedimentação, para melhorar as condições do efluente de retorno. Além disso, a dragagem não será feita de forma contínua, estabelecendo-se períodos de paralização para melhor acomodação dos sedimentos na bacia principal. Periodicamente, o material será retirado do dique principal e transferido para uma área portuária, também de utilização industrial, na área do porto da Capital (Vila Deprc), onde será utilizado para aterro (uso benéfico do material de dragagem). Outra alternativa para depósito definitivo (aterro), a ser avaliada em momento oportuno, encontra-se em área industrial em Canoas, conforme interesse manifestado pela Prefeitura Municipal.
O equipamento indicado pela SPH para a dragagem, por critérios técnicos, econômicos e ambientais adotados no mundo inteiro, é do tipo sucção e recalque (cutter head), que transfere o material dragado diretamente para os diques de confinamento.
Além desse equipamento, a SPH também possui draga do tipo "bucket" (clamshell), cujo uso não é aconselhado para dragagem de sedimentos contaminados (fuga de material para o corpo d'água), além da inadequação técnica e baixa produtividade (foto inferior).
Fonte:DEP/DH/SPH