18/09/2006 - Parceria garante ampliação do Projeto Escola SPH
A Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH), o Instituto Martim Pescador e a Aracruz uniram-se para dar continuidade e potencializar o Projeto Escola SPH. O programa apresenta gratuitamente para alunos das escolas públicas as atividades hidroportuárias e ambientais através da navegação em um barco-escola construído e decorado para atuar no ensino.
Em cerimonia realizada nesta segunda-feira, 18, a bordo do barco-escola as instituições assinaram Termo de Cooperação que garante a realização de cem navegações até o final do ano. Estiveram presentes no ato secretária Estadual dos Transportes, Gertrudes Pelissaro dos Santos, superintendente da SPH Roberto Hallal, diretor de Portos Tito Viero, diretor de Hidrovias Roberto Laurino, gerente de Relações com a Comunidade da Aracruz, Francisco Bueno, presidente do Instituto Martim Pescador Henrique Prieto, além de alunos e professores da Escola Estadual Fabíola Pinto Dornelles, zona norte da Capital. Após o evento, o barco saiu para navegação com a escola e os convidados.
O passeio-aula partiu do pórtico central do porto da Capital e percorreu a extensão do cais e cerca de seis ilhas do Delta do Jacuí com explicações técnicas adequadas à faixa de idade da turma de 4° série. Informações sobre navegação, utilização e sinalização das hidrovias, fauna, flora preponderante, além da história do porto foram atentamente absorvidas pelos estudantes.
Para a diretora da escola, Gleci Rosa, o conteúdo superou as expectativas. “Não imaginava que os temas seriam abordados com tanta profundidade. Espero que esse projeto tenha continuidade por muito tempo, porque é desse apoio práticos que as escolas precisam”, declara.
O Projeto Escola SPH ocorre em Porto Alegre desde o final ano passado. Coordenado pela SPH e pelo Instituto Martim Pescador e com apoio da CaixaRS atendeu até agosto cerca de seis mil alunos. Com apoio da Aracruz Celulose, deverá realizar mais cinco semanas de atividades, com quatro navegações por dia, possibilitando o atendimento à mais cinco mil estudantes até dezembro de 2006.
Segundo o superintendente da SPH Roberto Hallal, o objetivo do Projeto é apresentar à comunidade escolar as atividades hidroportuárias e despertar o interesse pela preservação ambiental. “Mostramos a importância das hidrovias e da preservação do meio ambiente, na prática, com a certeza de que o conhecimento será absorvido e multiplicado”, diz Hallal.
Marinheira de primeira viagem, Gezebel Mussi, 10 anos, ao ser perguntada sobre as impressões do passeio, respondeu “é muito show tudo isso, pena que a água é bem sujinha. “Aprendi que no barco se fala bombordo, boreste proa e popa para indicar as posições”, explica a menina.
Até o dia 6 de outubro serão atendidas 60 escolas com turmas de até 50 alunos, previamente agendadas. O percurso de 1h30 de duração percorre toda extensão do cais do porto, passa pelas ilhas do Chico Inglês, Grande do Marinheiros, das Flores, da Pólvora e da Pintada. Os participantes navegam pelo Lago Guaíba e Rio Jacuí, além do Canal Maria Conga, que interliga os dois corpos d’água. Durante o trajeto os alunos recebem explicações sobre linguagem e sinalização náutica, tipos de embarcações e características do ambiente local, como fauna e flora preponderante na região.
As próximas inscrições ocorrem no final de outubro para as atividades em novembro em dezembro.
Histórico
A idéia nasceu em Pelotas, em setembro de 2004, onde o Projeto conta com a parceria da ONG Fitur (Sociedade para o Desenvolvimento do Turismo Sustentável em Pelotas) e com o apoio do BRDE. Lá, as atividades ocorriam todas as sextas-feiras e atendeu até o final de 2005 cerca de 500 alunos de escolas locais.
Atualmente o Projeto ocorre abordo da Escuna Vento Negro durante uma semana a cada dois meses e já atingiu 1,5 mil estudantes da região.
Mais informações no site www.sph.rs.gov.br
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