19/10/2006 - Encerra sexta-feira no porto de Pelotas o Projeto Escola SPH
Desde o início do Projeto, em 2004, mais de 1,7 mil estudantes navegaram pelo São Gonçalo.
Encerra amanhã, 20, no porto de Pelotas o Projeto Escola SPH – programa de educação hidroportuário e ambiental com navegação, desenvolvido pela Superintendência de Portos e Hidrovias (SPH) com a parceria de ONGs e instituições financeiras. As atividades ocorrem nos portos de Pelotas e da Capital. Em Pelotas, a ONG Fitur é responsável pelo conteúdo ambiental, o BRDE é o patrocinador e a SPH organiza, dispõe infra-estrutura necessária e apresenta o funcionamento do porto e das hidrovias.
Durante este ano, mais de 1,2 mil estudantes, a partir da 6° série, tiveram a oportunidade de aprender sobre as atividades portuárias, a sinalização náutica, os diversos tipos de embarcações e as características do ambiente local, com explicações técnicas adequadas a faixa de idade de cada turma. Ao todo foram realizadas 30 navegações com a capacidade de 50 alunos cada, de escolas públicas de Pelotas e municípios da região.
A navegação ocorre a bordo da Escuna Vento Negro – embarcação turística de São Lourenço do Sul. O trajeto é feito no Canal São Gonçalo – do cais do porto até a barra da Lagoa dos Patos, onde começa a praia do Laranjal. Porém, a aula inicia em terra, onde os alunos conhecem as oficinas do porto, que mantêm tornos e outros instrumentos do início do século XX para recuperar sinais náuticos que balizam a navegação das hidrovias do sul do Estado. Caminham pelo cais visualizando bóias, guindastes e diversas embarcações. Em seguida, chegam ao local de atracação para embarcar na sala de aula flutuante.
Na manhã desta segunda-feira, 16, os alunos da escola municipal Dr. Berchon, da Colônia Osório – 3° Distrito de Pelotas viajaram durante uma hora para chegar ao cais do porto. Segundo a diretora da escola, Ivanir Fassbender, esta é uma oportunidade única para os estudantes da
zona rural. "Este projeto ajuda a escola a explicar na prática o conteúdo de diversas disciplinas, além de repassar conhecimentos gerais fora do currículo escolar", garante.
Para a presidente da Fitur, Elizete Jeske, o Projeto é uma ferramenta pedagógica, e por isso, não pode parar. "Vamos tentar mantê-lo no próximo ano e oportunizar este conhecimento para mais estudantes", diz.
Histórico
A idéia do Projeto Escola SPH nasceu em Pelotas há dois anos. No início, o então chefe de divisão do porto, Roberto Hallal da Silva, recebia todas às sextas-feiras uma turma de alunos, e junto com a Fitur, ministrava uma aula sobre o funcionamento do porto e a constituição das hidrovias gaúchas. Ao final da aula, os estudantes eram convidados a navegar a bordo do navio-balizador Benjamin Constant. Com este formato, o Projeto ocorreu até o final de 2005. Em janeiro deste ano, o Benjamin Constant foi afastado do porto para reparos, e o Projeto, suspenso. Em junho, o BRDE concedeu um patrocínio que viabilizou o fretamento da Escuna Vento Negro, garantindo a continuidade do programa educacional. Desde o início do Projeto em 2004, mais de 1,7 mil estudantes foram atendidos.
A exemplo do Projeto de Pelotas, o Porto de Porto Alegre implantou a atividade no final de 2005. O Programa tem a parceria da CaixaRS, Instituto Martim Pescador e Aracruz Celulose. Com uma semana de atividades por mês o projeto deve encerrar em dezembro com a marca de dez mil participantes.
Eventos
Além do Projeto Escola SPH, o porto de Pelotas é cenário de outras atividades de cultura e de lazer. Nesta sexta-feira, 20, será aberta oficialmente a I Feira Regional de Artesanato e Turismo, sob coordenação da Emater/RS e apoio de várias entidades. Até domingo, a feira
apresentará atividades musicais, passeios de barco, degustação de pratos típicos, além de exposição de objetos artesanais dos 22 municípios da zona sul do Estado. Para o chefe de divisão do porto de Pelotas, Aparício Vergara, utilizar os espaços públicos para fomentar a cultura e o lazer valoriza a Instituição e movimenta a área mais antiga da cidade – a região portuária. "Dos três armazéns do porto, recuperamos e destinamos um deles para cultura e lazer", declara. Cada armazém tem dois mil metros quadrados, dois deles estão ocupados com uréia – carga mensalmente movimentada no porto oriunda da Baia Blanca, na Argentina.
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