08/12/2006 - Rio dos Sinos: Uma tragédia ambiental anunciada

Um estudo feito pelo Instituto de Ciências Exatas e Tecnológicas da FEEVALE (ICET/FEEVALE), a partir de amostras da água do Arroio Portão em diversos pontos, alertava para a necessidade de tratamento do esgoto doméstico das cidades ribeirinhas. Segundo os autores, o grande volume de efluentes líquidos de esgotos domésticos sem tratamento que são lançados no Arroio Portão é um dos principais fatores para sua degradação (Roberto Naime e Rosângela Schuch Fagundes). Em abril de 2002, após a ocorrência de mais uma mortandade de peixes no rio dos Sinos, desta vez de grande intensidade, a FEPAM publicou Ordem de Serviço nº 34/02, na qual suspendeu os licenciamentos de novas empresas ou a reativação de atividades, com médio e alto potencial poluidor hídrico, dentro da bacia hidrográfica do Arroio Portão, por tempo indeterminado, até a inversão da tendência da qualidade das águas na foz do Arroio Portão, junto ao rio dos Sinos (FEPAM, 2002). No período de estiagem, entre os meses de novembro a maio (2004), foi constatada concentração muito baixa de oxigênio, o que pode ocasionar mortandades de peixes. Em todas as medições realizadas, foram encontradas concentrações de oxigênio dissolvido (OD) inferiores a 2,0 mg/L (fora da Classe 4, CONAMA)), e que ocasionam morte de peixes por asfixia. A presença excessiva de nutrientes e matéria orgânica leva ao aumento da atividade biológica, que acarreta um maior consumo de oxigênio do meio, em prejuízo da vida aquática. Assim, o balanço de oxigênio nas águas tem se mostrado com um bom indicador de poluição.

 
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